terça-feira, 19 de junho de 2012

Tim Burton e elenco falam sobre 'Sombras da Noite'

Ao falar sobre 'Sombras da Noite', Tim Burton relembra como foi seu ano de 1972.

“Sabe, aquele foi um ano em que estive muito, muito doente. Fiquei de cama por um período longo, tive muita febre. Por isso, passava quase que o tempo todo ouvindo as músicas que tocavam numa rádio AM. Na época, aquelas canções soavam estranhas. Hoje, ainda soam”, disse ele.

“Eu acho que essa é uma das coisas esquisitas sobre música. O que no passado era apenas uma canção pop brega, depois de alguns anos, se torna algo estiloso”, afirma o diretor.

“A adaptação de ‘Sombras da Noite’ foi um grande desafio porque, mesmo sendo uma série que tem um fundo sério, sombrio e com elementos estranhos, era exibida diariamente pela TV. Ou seja, nesse aspecto a produção tinha uma natureza muito próxima à de uma novela. Conseguir equilibrar esses elementos dentro de um filme de Hollywood foi bem esquisito e difícil. Mas, felizmente, todos os envolvidos no projeto captaram o espírito da coisa”, explica Burton.

Johnny Depp também se lembra deste ano e de quando assistia a série.

“Quando penso em 1972, as imagens que imediatamente me vêm à cabeça são homens usando ternos verdes, sapatos de bico largo e corujas feitas de bordado”, descreve o ator.

Michelle Pfeiffer também é uma das protagonistas do longa, em mais uma parceria com o diretor.

“Eu havia me esquecido do quanto é bom trabalhar com Michelle. Embora ela tenha tido alguns problemas para descer as escadarias da mansão da Família Collins...”, relembra Burton com irônia.

“Logo no meu primeiro dia de gravação, ele me obrigou a usar um sapato que tinha um salto de 20 centímetros para descer aqueles degraus. E eu nem podia olhar para baixo. O senhor Burton, sem dúvida, riu muito às minhas custas”, diz Michelle sobre a escadaria que teve que descer logo nos primeiros dias de filmagem.

Assim como Johnny Depp, ela também era uma grande fã da série original e estava determinada a fazer parte do projeto.

“Eu liguei para o Tim e disse que, se houvesse qualquer coisa que eu pudesse fazer nesse filme, eu toparia. Àquela altura, nem sabia se haveria algum papel para mim. Desliguei o telefone achando que ele não me ligaria nunca mais. Mas, felizmente, ele ligou”, diz.

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